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Bahia, ponto de encontro da inovação com o Congresso Abit

23/08/2024

Bahia, ponto de encontro da inovação com o Congresso Abit

Ao sediar a nova edição do Congresso Abit, Salvador torna-se a primeira capital do Nordeste a reunir expoentes do mercado e pesquisadores engajados com o desenvolvimento do têxtil e da confecção.

O 9º Congresso Abit 2024 tem Salvador como palco de realização. E o processo de escolha da atual cidade-sede iniciou-se em Florianópolis, escolhida como sede em 2023.

O atual presidente do Sindicato de Vestuário da Bahia (Sindvest-BA), Hari Hartmann, retrata os atributos da indústria baiana a serem potencializados com o Congresso, ao mesmo tempo que recorda o processo da escolha de Salvador.

Hari Hartmann, que também é conselheiro de sustentabilidade da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e membro do conselho da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), tem uma trajetória de três décadas na região. Geólogo por formação, com forte veia ambientalista e visão inovadora sobre o mercado, ele se mudou do Rio Grande do Sul para a Bahia a trabalho de uma multinacional, e desde então tem se dedicado ao têxtil local.

 

Experiência e expectativas no Congresso Abit

Hartmann lembra que tem participado de diversas edições do Congresso Internacional Abit, incluindo eventos em São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis.

O empresário descreve o encontro como “evento de altíssimo nível, tanto pela organização quanto pela qualidade dos conferencistas convidados”. E olha para o evento em perspectiva: “O Congresso é importante referência para o mercado têxtil e oportunidade para os participantes se atualizarem sobre inovações tecnológicas e de gestão”. E complementa: “Os participantes estão, ali, em contato com o que há de inovação tecnológica e de gestão”.

 

Potencial da Bahia no setor têxtil

A Bahia desempenha significativo papel na cadeia têxtil nacional, respondendo por 3% da produção do setor. “Além disso, é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, conhecido por sua qualidade”, destaca Hari Hartmann.

Com 65% do estado caracterizado por clima semiárido e 35% representado por áreas ideais para plantio, a Bahia possui características importantes que podem ser exploradas para o desenvolvimento do setor têxtil. Além disso, o estado abriga o Polo de Camaçari, “produtor de polímeros, por exemplo”, e com grandes empresas, como Basf, Bayer e Braskem.

 

Salvador, cidade-sede

Foi com base nesses aspectos que Hartmann propôs a realização de uma edição do Congresso Abit em Salvador. Durante o evento em Florianópolis, levando em conta o potencial da Bahia, sugeriu ao diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, a realização do congresso na capital baiana.

“Por tudo apresentado no encontro em Santa Catarina, pelo panorama do mercado e da indústria nacional, somados ao potencial do estado da Bahia, propus ao dirigente da Abit a realização de uma edição em Salvador. E assim foi plantada a semente da nona e atual edição”, recorda.

 

O Congresso como impulsionador de inovação

Para o empresário e dirigente do Sindvest Hari Hartmann, o evento é oportunidade para impulsionar políticas e projetos que beneficiem o setor têxtil da Bahia.

Ele lembra que outros empresários locais compartilharam a opinião de Hartmann sobre a importância de levar o Congresso Abit para o Nordeste. Entusiasta das ações voltadas para a otimização da indústria têxtil na Bahia, especialmente com foco em sustentabilidade e gestão de pessoas, Hartmann diz-se comprometido com o desenvolvimento do setor.

 

Envolvimento local e desenvolvimento do setor

A Polo Salvador, empresa criada por Hari Hartmann e instalada no Condomínio Têxtil, é reflexo de sua visão de gestão empresarial, com processos de produção que buscam continuamente a eficiência e a sustentabilidade. “Mas com absoluto foco na valorização do funcionário”, frisa.

Ao todo são 50 colaboradores, dos quais 90% são mulheres. Com produção diária de 1.500 camisas polos, a empresa é conhecida por implementar mais de 40 ações sustentáveis, que vão desde o chão de fábrica até o produto final.

“Não seria possível para nós criar um negócio preocupado exclusivamente com o lucro e que deixasse o meio ambiente de lado”. O empresário destaca que, desde o início, a preocupação com os pilares ambiental, econômico e social “foi fundamental para que pudéssemos nos tornar o que somos hoje: um destaque no setor industrial da Bahia e do Brasil como uma empresa verde”.